SALA VERDE REAP – Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista

Projeto de Extensão da UNESP – Câmpus de Tupã


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Sala Verde REAP, ReTEA e Clube da Árvore em parceria com escola

“QUEM PLANTA, SEMEIA ÁGUA” É UM PROJETO DE ARBORIZAÇÃO EXECUTADO POR CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Escola de Educação Infantil Sonho de Criança está desenvolvendo o projeto “Arborização: quem planta, semeia água”, promovido em parceria com a Sala Verde Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (REAP) e a Rede Temática em Extensão de Água (ReTEA), ambos projetos de extensão da UNESP, Campus de Tupã e também com o Clube da Árvore de Tupã. Tal projeto está sendo executado juntamente com as crianças de 1 a 5 anos, envolvendo toda comunidade da escola infantil e conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Planejamento, Obras e Trânsito.

De acordo com a coordenadora pedagógica da escola, Laisa Ribeiro “As vivências ambientais realizadas com as crianças, na educação infantil é de extrema importância, pois, não estamos construindo conteúdo, estamos desenvolvendo valores, compartilhando respeito, sensibilidade, autonomia, senso crítico, pensamento coletivo, lugar de pertencimento. As crianças vão compreendendo que cada uma de nossas ações, interfere diretamente em nossa sociedade, e isto fica muito evidente durante nossa rotina e nos compartilhamentos com as famílias. Está sendo mais um projeto enriquecedor e fundamental que estamos tendo o privilégio de realizar com as crianças, dentro desta parceria”.

Algumas ações já foram executadas, como: – apresentação das crianças sobre a importância das árvores para todo ecossistema urbano e rural e a necessidade de cuidar e manter este sistema vivo; – plantios de mudas de mamão na escola, para fins didáticos; – apoio aos professores da escola com a temática; – plantio de mudas na praça que tem Quadra Esportiva Valmir Zoratto com a comunidade da escola infantil (pais, crianças e professores) mais as crianças que vivem ao entorno desta praça. Essas foram as primeiras iniciativas do projeto e toda equipe continua envolvida na fase de manutenção e de cuidado das mudas, a fim de que se desenvolvam e possam crescer saudável. Além de tais ações, outras como visitas em espaços verdes da cidade, como nascentes também fazem parte do projeto.

Diante do Plantio das mudas, Eduardo Dantas, do Clube da Árvore relata que “é importante ensinar as crianças a respeitar a natureza, e que o plantio é uma ação que qualquer pessoa pode realizar, dando a sua contribuição para melhorar a cidade”.

Em relação a estas ações de educação ambiental, a professora Dra. Angélica Gois Morales, coordenadora da Sala Verde REAP e da ReTEA (UNESP), reafirma que “é muito importante processos de educação ambiental no ambiente escolar e, principalmente na educação infantil, em que é uma fase de descobertas, contemplação e de aprendizagem ativas. As crianças apresentam um contato muito mais íntimo com a natureza, demonstrando mais afeto pelos sistemas vivos”.

Vale destacar que esta escola vem desenvolvendo projetos na área de educação ambiental desde 2018, em parceria com a Sala Verde REAP, e a professora Angélica enfatiza que a questão ambiental deve permear os processos de ensino e aprendizado de maneira continuada.

E neste dia 03 de junho que é o Dia Nacional de Educação Ambiental, vale comemorar iniciativas como essas que contribuem para os processos formativos e também fortalecem práticas socioambientais positivas na comunidade tupãense.


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COMUNIDADES TRADICIONAIS

As pesquisas e assuntos relacionados à sociabilidade de uma comunidade em relação as suas tradições ancestrais e seu modo de vida para o seu desenvolvimento, levaram o Brasil a criação de uma legislação decorrente ao desenvolvimento sustentável de povos e comunidades tradicionais, que é o Decreto Federal nº6040, de 07/02/2007,no qual trouxe a definição prévia de comunidades tradicionais como:

Povos e Comunidades Tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas própriasde organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (BRASIL, 2007).

Segundo Moraes et al. (2017) e Silva (2007), as comunidades   tradicionais possuem como característica principal, o modo de vida autossustentável, se adaptando aos recursos disponíveis pelo bioma a qual estão inseridas, utilizando os recursos naturais disponíveis. Sendo assim, seus territórios não podem ser utilizados, prevalecendo como uma consequência ambiental favorável à preservação do meio ambiente, já que há conflitos com a expansão  agropecuária do Brasil. Por isso, reinvindicam constantemente a participação do governo na preservação das comunidades tradicionais, tanto na demarcação de terras, quanto na execução de políticas públicas direcionadas aos povos tradicionais.

Com vistas ao Decreto Federal 6040 de 2007, Vieira (2014) relata o desafio de resgatar a identidade cultural e o pertencimento das comunidades tradicionais no Brasil, evidenciando uma grande diversidade de comunidades tradicionais como os ciganos, ribeirinhos, seringueiros, quebradeiras de coco babaçu, caiçaras, agroextrativistas da Amazônia, geraizeiros, povos dos faxinais dos fundos de pasto, pantaneiros, comunidades de terreiros, quilombolas entre outras.

Diegues (2000) também cita que a Lei n°6040, trouxe enormes reflexões no que diz respeito de como é uma comunidade tradicional e qual a sua representatividade. Porém acima de tudo, originou-se no reconhecimento oficial desses povos culturalmente diferenciados, por sobreviverem de modo tradicional, mantendo aquilo que lhes foi ensinado e respeitando o modus vivendi, as comunidades tradicionais podem ser caracterizadas como histórias vivas, indo muito além dos povos indígenas, e podendo ser originárias de qualquer lugar, área ou região (DIEGUES, 2000).

Como Campos (2020) ainda enfatiza, as comunidades tradicionais brasileiras, delineadas legalmente por esse Decreto 6040/2007, tratam os seus caminhos para o reconhecimento ofícial, legal ou científico para que possam ganhar maior visibilidade e empoderamento para sua jornada de luta por direitos às políticas públicas demarcadas constitucionalmente.

Referências

BRASIL. Lei n°6040, de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm>. Acesso em 18 de novembro de 2021.

CAMPOS, A. DE C.; CAMPOS, R. T.; MELO, V. G. N.; PIRES, B. R. C.; MORAES, N. R. DE. Comunidades tradicionais de geraizeiros no território brasileiro: formação, identidade e cultura. Revista Observatório, v. 6, n. 1, p. a13pt, 3 jan. 2020.

DIEGUES,A.C. Biodiversidade e Comunidades Tradicionais no Brasil. São Paulo: Cobio, 2000.

MORAES, N. R.; BRUMATTI, L. M.; LIMA, A. R.; CAMPOS, A. C. Análise da convergência conceitual dos termos “território” e “comunidade tradicional” no Brasil. Revista Observatório , v. 3, n. 4, p. 518-539, 1 jul. 2017.

SILVA, M.O. Saindo da invisibilidade – a política nacional de povos e comunidades tradicionais. Revista Inclusão Social. Brasília, v.2, n.2, p.7-9, 2007.

VIEIRA, M.G. Os direitos fundamentais das comunidades tradicionais: crítica ao etnocentrismo ambiental brasileiro. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.

Saiba mais:

INSTITUTO ECOBRASIL. Comunidades ou Populações Tradicionais. Disponível em: http://www.ecobrasil.eco.br/noticias-rodape/1272-comunidades-ou-populacoes-tradicionais

MORAES, Nelson Russo; CAMPOS, Alexandre de Castro; QUIQUETO, Ana Maria Barbosa. A sociabilidade em Ferdinand Tönnies e o modus vivendi de comunidades tradicionais de geraizeiros: aproximações possíveis a partir dos estudos da Comunidade Tradicional da Matinha (Guaraí/Tocantins). Patrimônio e Memória, Assis, SP, v. 17, n. 1, p. 117-133, jan./jun. 2021. Disponível em: https://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/1312

Série Estudos sobre povos originários e comunidades tradicionais. Disponível em: https://www.editorafi.org/povos


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VIII Ciclo de Palestras Ambientais

Lembramos a todos(as) que os dias do evento são hoje e amanhã (01 e 02/12)
Horário: 19h30 às 21h

O tema de (1/12) é sobre Crise hídrica e Climática: desafios para a gestão e educação ambiental.
Link de hoje: https://www.youtube.com/watch?v=5jj-DRFQHfA&ab_channel=SalaVerdeREAPUnesp-Tup%C3%A3

O tema de (02/12) é sobre Crise hídrica e Climática: desafios locais para a gestão socioambiental e  teremos a presença do nosso colega Prof. Dr. Rodrigo L. Manzione (UNESP); Dr. Emílio Carlos Prandi (DAEE) e Sr. Francisco Lupo Filho (Usina Branco Peres). 

E nesta edição, contaremos com tradução simultânea em libras

O evento será transmitido no Canal YouTube Sala Verde REAP: http://bit.ly/canalsalaverdereap
Venha discutir com a gente temas tão importantes!

Equipe Sala Verde REAP e grupo de pesquisa PGEA
UNESP, Tupã


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A Sala Verde Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (REAP) e colaboradores têm a grata satisfação de convidar para participarem do II Encontro Regional de Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Data: 11 de novembro (quinta-feira)
Horário: 9h às 11h
Transmissão no canal YouTube da Sala Verde REAP: http://bit.ly/canalsalaverdereap

O objetivo deste encontro on-line é promover um espaço para troca de experiências locais, esclarecimentos e desafios dos municípios da Nova Alta Paulista, com a participação de: Lourdes Alves Grassi (Coordenadora de Meio Ambiente e Interlocutora do PMVA de Tupi Paulista) e Minéia Andrade Assmann Cazari (Coordenadora de Educação Ambiental da SEMAA, Interlocutora do PMVA e Presidente do COMDEMA de Ourinhos).


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Live Mensal no instagram Sala Verde “REAP”

A Neste segundo semestre de 2021, a Sala Verde desenvolve novas ações de divulgação científica para a população. Estamos realizando uma live por mês no Instagram, a fim de divulgarmos as pesquisas realizadas pelos membros do grupo de Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental (PGEA- Unesp, Tupã), que é parceiro da Sala Verde REAP.

Nesse mês de Outubro nossa convidada é Cristina Vicente trazendo o tema Narrrativas de agricultores familiares: sob um olhar agroecológico, data é 27/10 às 17h.


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Amazônia: Importância e preservação

Sendo o maior bioma brasileiro, a Amazônia detém mais da metade da biodiversidade presente no planeta, além de corresponder a um terço das florestas tropicais do mundo (IPAM, 2015). Esta consiste de um conjunto de ecossistemas que abrangem tanto a floresta amazônica quanto a bacia hidrográfica do Rio Amazonas, demonstrando-se de suma importância tanto para equilíbrio climático nacional quanto para o regime de chuvas em toda a América do Sul (SOUZA, 2007).

A floresta amazônica libera uma imensa quantidade de água para a atmosfera. O processo de evapotranspiração, realizado pelas árvores do bioma, alimenta os fluxos aéreos maciços de água sob a forma de vapor, formando os chamados “rios voadores” que se dirigem para o Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Além disso, em âmbito internacional, os rios voadores alimentam regiões que representam 70% do PIB da América do Sul, influenciando no regime das chuvas do Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai (JORDÃO et al., 2017).

No entanto, este bioma sofre com o aumento crescente do desflorestamento e a ocorrência de queimadas. O desmatamento vem ocorrendo em ritmo mais acelerado, mostrando-se 57% mais intenso no período de agosto de 2020 e julho de 2021 em comparação com o período anterior, com a perda de cerca de 10.476 km² de floresta, sendo a pior perda destes últimos dez anos (MODELLI, 2021). Não obstante, a queima das florestas acentua o aquecimento global graças à intensa liberação de CO2,  além da destruição da fauna (IPAM, 2015).

Dentre as principais causas do desmatamento, destaca-se o retrocesso em políticas ambientais, bem como a impunidade de crimes ambientais (LEGNAIOLI, 2021). Em 2016, na Convenção do Clima das Nações Unidas — no Acordo de Paris — o Brasil assumiu a missão de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, porém ainda falta muito para que esta meta seja cumprida, uma vez que segundo pesquisadores brasileiros do Instituto Centro de Vida (ICV), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)  94% do desmatamento registrado na Amazônia brasileira é ilegal (ESCOBAR,  2020 ; PRESSE, 2021).

A ameaça à Amazônia equivale uma ameaça ambiental com repercussões econômicas, uma vez que o fornecimento hídrico é de suma importância tanto para a agricultura quanto para pecuária, sendo a preservação ambiental deste bioma uma questão importante e urgente. Você sabia da importância e da riqueza da biodiversidade da Amazônia? Sabia também da importância do cenário político nas questões de preservação? E o que pode ser feito para fomento da preservação?

SAIBA MAIS:

O que você pode fazer para ajudar a Amazônia e o Pantanal? 

Disponível em: https://vogue.globo.com/premio-muda/noticia/2020/09/o-que-voce-pode-fazer-para-ajudar-amazonia-e-o-pantanal.html#:~:text=Participe%20de%20atos%20e%20mobiliza%C3%A7%C3%B5es,medidas%20que%20impulsionam%20o%20desmatamento.

A Amazônia importa: A maior biodiversidade do planeta está aqui. Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/amazonia-importa/2020/08/1988816-a-maior-biodiversidade-do-planeta-esta-aqui.shtml

Live “Queimadas na Amazônia em tempos de Covid-19”– Disponível no canal  do Museu Goeldi:  https://www.youtube.com/watch?v=NM6YjalF9zU

REFERÊNCIAS

ESCOBAR, H. Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020. Jornal da USP, 2020. Disponível em:https://jornal.usp.br/ciencias/desmatamento-da-amazonia-dispara-de-novo-em-2020/ Acesso em: 19 set. 2021IPAM Amazônia. A importância das florestas em pé na Amazônia. IPAM,2015. 2015.Disponível em:


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VOCÊ CONHECE SOBRE AGROECOLOGIA?

O termo agroecologia é composto por duas palavras, agricultura e ecologia. Duas palavras que a princípio parecem antagônicas entre si, mas não precisam ser. Na verdade, pelo bem do planeta, nem devem ser. 

O agrônomo russo Basil Bensin foi quem trouxe o termo pela  primeira vez, porém visava apenas descrever o uso de métodos ecológicos em plantas comerciais (WEZEL et al., 2009). Ao longo do século XX, a agroecologia passou a incorporar diversas áreas da produção agrícola no geral, e cada vez mais, trazendo  conceitos de sustentabilidade e respeito à agrobiodiversidade, até finalmente consolidar-se  como ciência. 

Essa ciência integradora não se resume apenas em substituir insumos industriais e muito menos à “indústria do agronegócio orgânico”, pois a mesma não se trata de algo mercadológico, apesar de poder abrangê-lo em alguma escala. De forma ampla, a agroecologia é entendida como  uma disciplina científica, como uma prática agrícola, como um movimento social e como um movimento político (WEZEL et al., 2009). 

A agroecologia busca meios de produção que estejam de acordo com as dinâmicas dos ecossistemas, ao invés de ir contra elas. Para isso, é proposto o resgate de práticas tradicionais de produção, a busca por  tecnologias voltadas para a conciliação entre produção e o meio ambiente, o fortalecimento da agricultura de base familiar, a busca de políticas públicas voltadas à conservação e preservação do meio ambiente e a igualdade social.

Considerando diversos problemas que o sistema agropecuário convencional traz, como a predominância da monocultura e a utilização de agrotóxicos, além de promover a concentração de terras produtivas, consumos não-local da produção e ainda ser um dos responsáveis pelo desmatamento e outros  problemas ambientais,  a agroecologia propõe uma transformação no sistema agropecuário atual. Entretanto, ao propor isso, ela automaticamente está propondo uma reflexão e transformação da sociedade.

Todas as mudanças propostas pela agroecologia  são extremamente necessárias, e com o passar dos anos, se tornam urgentes. O  planeta já dá indícios de que não aguenta mais 60 milhões de hectares  plantados de soja, suas águas contaminadas com dezenas de agrotóxicos e seus biomas destruídos. Evidentemente, os meios de produção convencionais não trazem benefícios para a sociedade, além de prejudicá-la a longo prazo. O planeta precisa do  equilíbrio que a agroecologia oferece, tanto na questão da saúde das populações e de todos os seres vivos, como na preservação e conservação ambiental, e nós como seres humanos, precisamos de ambientes integrados e sustentáveis. Temos o dever de lutar por isso.

Que tal conhecer os agricultores familiares da sua região e consumir alimentos saudáveis? Além de contribuir com a economia local contribui também com o meio ambiente equilibrado. E que tal, potencializar as redes agroecológicas locais? 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

CAPORAL, F. R.; AZEVEDO, E. O. de. Princípios e perspectivas da agroecologia. Emater, 2011. Disponível em: http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/principioseperspectivasdaagroecologia.pdf. Acesso em: 19 jul. 2021.

MOREIRA, R. M.; CARMO, M. S. do. AGROECOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL. Agricultura sustentável, São Paulo, 16 set. 2004. Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/pdf/asp-2-04-4.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.

OLIVEIRA, G. de L. T. Prescrições agroecológicas para a crise atual. Agroecologia, Presidente Prudente, ano 13, 16 ed., p. 33-47, 2010. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1363. Acesso em: 19 jul. 2021.

Wezel, A. et al. Agroecology as a science, a movement and a practice. A review. O Agron. Sustain. Dev. n. 29, 503-515 (2009). https://doi.org/10.1051/agro/2009004. Acesso em: 20 jul. 2021

SAIBA MAIS:

O que é agroecologia. – Portal eCycle – O que é agroecologia – YouTube

Dialogando com a agroecologia: biodiversidade e resiliência.TV UFRB LIVE – Dialogando com a agroecologia: biodiversidade e resiliência. – YouTube

Agroecologia – O Futuro da Alimentação.  Live de lançamento do documento de posicionamento sobre agroecologia do Slow Food Brasil.

Agroecologia – O Futuro da Alimentação – YouTube

Conheça também os sites:

  • Associação Brasileira de Agroecologia: https://aba-agroecologia.org.br/
  • Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura(FAO – Brasil):


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ECO 92 OU RIO +20

Em 03 de junho, comemora-se o aniversário da Rio 92 ou ECO 92, que foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada pela primeira vez no  Rio de Janeiro nas datas de 3 a 14 de junho de 1992, tendo como objetivo central o debate sobre os problemas ambientais mundiais.

No entanto, o comprometimento do Brasil com o meio ambiente iniciou-se quando o país participou das Nações Unidas sobre o meio Ambiente Humano, com sede em Estocolmo em 1972, o país contribuiu ativamente em um contexto de desenvolvimento mais amplo das questões ambientais. Porém essas ações foram prejudicadas, por causa do contexto histórico da época onde os alinhamentos Leste-Oeste e Norte-Sul impediam essas ações.

Por causa disso a Rio 92 é tão importante, pois diferente de Estocolmo, a cooperação prevaleceu sobre o conflito, tendo “desdobramentos importantes do ponto de vista científico, diplomático, político e na área ambiental, além de ceder espaço a debates e contribuições para o modelo de desenvolvimento ambientalmente sustentável”. (IGNACIO, 2020, p. 1). A Eco 92 foi um marco importante para unir os países desenvolvidos e subdesenvolvidos em um acordo de desenvolvimento sustentável. “Assim, foi acordado que os países em desenvolvimento iriam receber  apoio financeiro e tecnológico para alcançarem modelos de desenvolvimento sustentáveis”. (IGNACIO, 2020, p.1). 

Algumas pautas adotadas na Conferência Rio 92, são a poluição, escassez da água, uso de transportes alternativos, adesão de energias renováveis, turismo ecológico e reciclagem, além do aquecimento global, que desde a década de 70 é uma das principais preocupações mundiais, sendo uma decisória em direção a criação de protocolos, como o de Kyoto, um acordo internacional entre os países que fazer parte da Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudarem na redução de gases poluentes. Ademais, cada país ficou responsável por cumprir uma série de ações, ou seja, criar sua própria Agenda 21, instrumento de planejamento participativo visando o desenvolvimento sustentável”.

Além disso, a conferência realizada no Brasil foi importante para colocar o “assunto ambiental na agenda pública de uma maneira inovadora, sendo um importante passo e marco de como a humanidade encara sua relação com o planeta”.(IGNACIO, 2020, p.1). Ainda segundo Ignacio (2020), Foi nesse momento que os partidos internacionais concordaram que era necessário conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza. E nos anos seguintes ocorreram outras conferências com o mesmo intuito que a Eco-92, como a Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu em Johanesburgo na África do Sul, em 2002, tendo seu enfoque na erradicação da pobreza, uso da água de maneira correta, manejo dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável. Outro exemplo é a Rio+20 ou Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, aconteceu também no Rio de Janeiro em 2012, onde seu principal foco foi a economia verde no desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza e Instituições para um melhor desenvolvimento sustentável. Entretanto, a prática dessas medidas no Brasil só foram acontecer mesmo em 2004, com o intuito de proteger a preservação da floresta amazônica, buscando diminuir o desmatamento e preservar sua biodiversidade. 

Em suma, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também chamada cúpula da terra ou Rio 92, reuniu diplomatas, ambientalistas, chefes de estado e de governo com o objetivo de buscar uma ação em comum para proteger o planeta terra, teve como principais motivações: O princípio para guiar a relação entre o comportamento humano e o planeta, A agenda 21 um plano de ações para redirecionar as economias para sustentar o meio ambiente ao longo do século 21 e além, E uma declaração dos Princípios das Florestas que equilibra o direito de usar as florestas com a necessidade de protegê-las. Também teve convenções juridicamente vinculadas abertas para assinaturas, como, A Convenção Quadros sobre Mudanças Climáticas que tem como propósito a redução da emissão de gases estufas que prejudicam o planeta e a Convenção da Biodiversidade, que possui como princípio a proteção de todas as espécies vivas do planeta. 

Porém, atualmente não vemos essas propostas em prática já que os recentes escândalos ambientais envolvendo o governo Bolsonaro, incluem, incêndios florestais na Amazônia que de acordo com Inper (2020), foram 89.604 focos de calor detectados pelos satélites em 2019. Enfraquecimento do ministério do meio ambiente com corte de R$240 milhões no orçamento, fim das reservas legais alegando o “direito constitucional de propriedade” e sinal verde para a exploração de petróleo em Abrolhos onde “o site do próprio ICMBio informa que o Arquipélago de Abrolhos protege “porção significativa do maior banco de corais e da maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, o principal berçário das baleias-jubarte no Atlântico Sul, além de ser a única região do planeta onde é possível encontrar o coral Mussismilia braziliensis, conhecido como coral-cérebro por seu aspecto peculiar”. (TRIGUEIRO, 2019, p. 1). E não podemos esquecer das questões indígenas com a paralisação das demarcações de terras e o incentivo à mineração em suas terras já demarcadas a muito tempo. Portanto, preocupar-se com essas motivações de 29 anos atrás é necessário e de  suma importância para o planeta terra e para quem vive nele.Você pode encontrar mais em: Os 5 principais pontos de conflito entre governo Bolsonaro e indígenas, no site: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51229884 e no G1: 15 pontos para entender os rumos da desastrosa política ambiental no governo Bolsonaro, no link a seguir você encontrará toda a matéria: https://g1.globo.com/natureza/blog/andre-trigueiro/post/2019/06/03/15-pontos-para-entender-os-rumos-da-desastrosa-politica-ambiental-no-governo-bolsonaro.ghtml


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MEIO AMBIENTE

JUNHO, MÊS QUE COMEMORA SEMANA DO MEIO AMBIENTE

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi criada em 1972 pela Assembléia da ONU, em homenagem ao dia da abertura da Conferência Mundial de Meio Ambiente Humano que ocorreu em Estocolmo. com o objetivo de sensibilizar a população a respeito da necessidade de preservar o meio ambiente e de encorajar a realização de ações para que ocorra essa preservação e conservação ambiental.  Assim, esse evento mundial como os outros posteriores organizados pela ONU (Rio-92, Rio+20 e outros), foram importantes para que chegássemos em agendas ambientais coletivas, como foi a Agenda 21, os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) e, atualmente, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), evidenciando um amplo alcance em mais de 100 países. Grandes corporações, organizações não governamentais, comunidades e governos adotam ações e metas para defender causas ambientais. Assim, a cada ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) define uma temática diferente e um país para ser realizadas as atividades oficiais de celebração da data. Em 2021, o tema é a Restauração dos Ecossistemas, sendo o Paquistão, o escolhido como anfitrião oficial. Este ano, o PNUMA também lança a “A Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistema 2021-2030”, ação constituída como um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo.

É de extrema relevância conscientizar que o Dia Mundial do Meio Ambiente não faz apenas uma reflexão sobre a preservação, conservação e restauração da natureza, mas também enfatiza o quanto a nossa relação com o ambiente é importante para a nossa própria sobrevivência. Apesar de muitos acreditarem que a mudança deve acontecer em escala global, proteger e melhorar a relação entre a sociedade e a natureza no contexto local, também  é um dever de todos, pois a mudança deve partir por cada um de nós.

E aí, qual sua atitude em relação ao ambiente? O que você está fazendo que ajude a conservar e preservar nosso meio ambiente?

Não se esqueçam: o meio ambiente começa no meio da gente!

Equipe Sala Verde REAP

Referências

DIA Mundial do Meio Ambiente. [S. l.], 5 jun. 2021. Disponível em: https://www.calendarr.com/brasil/dia-mundial-do-meio-ambiente/. Acesso em: 5 jun. 2021.

SANTOS, Helivania Sardinha dos. 5 DE JUNHO – DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE. [S. l.], 5 jun. 2021. Disponível em: https://www.biologianet.com/curiosidades-biologia/5-de-junho-dia-mundial-do-meio-ambiente.htm. Acesso em: 5 jun. 2021.

QUAL é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2021?. [S. l.], 1 jun. 2021. Disponível em: https://www.noticiasustentavel.com.br/tema-dia-mundial-meio-ambiente-2021/. Acesso em: 5 jun. 2021.

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 2021: A RESTAURAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS. [S. l.], 31 maio 2021. Disponível em: http://info.opersan.com.br/dia-mundial-do-meio-ambiente-2021-restauracao-dos-ecossistemas. Acesso em: 5 jun. 2021.

ZANDONAI, Roberta. Paquistão sediará o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2021. [S. l.], 23 fev. 2021. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/113258-paquistao-sediara-o-dia-mundial-do-meio-ambiente-de-2021. Acesso em: 5 jun. 2021.

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE. [S. l.], [2021]. Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/dia-mundial-do-meio-ambiente/. Acesso em: 5 jun. 2021.


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EVENTO SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Dias de atividades: 01, 07 e 10/06 de 2021

01/06 (terça-feira) 👍Transmissão no YouTube da Sala Verde REAP
Horário: 19:30 às 21:00
Tema: Ecoansiedade e o novo perfil de Consumidor : da aproximação ao meio ambiente ao distanciamento da subjetivação

07/06 (segunda-feira) 👍Live Instagram da Sala Verde REAP
Horário: 17h30
Tema: Catação de recicláveis na Nova Alta Paulista: trabalho decente ou precarização estrutural?

10/06 (quinta-feira) 👍Transmissão no YouTube da Sala Verde REAP
Horário: 19:30 às 21:00
Tema: Um olhar para o céu da Nova Alta Paulista: aspectos climáticos do espigão divisor Aguapeí/Peixe

Observações

  • A inscrição é gratuita e aberta para toda a comunidade em geral!
  • Você pode participar dos três dias do evento, ou somente de um ou dois dias.
  • Para isso, basta preencher a inscrição que tem informações sobre o evento.

Para inscrição, acesse: http://bit.ly/semanaMa

Organização:
Sala Verde Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (REAP)